quarta-feira, 4 de março de 2009

Processos de Fabricação

Ela é esguia, bonita... tem uma voz que treme no final, como se perdesse a afinação, o que lhe dá um charme especial. Dessa forma, eu vejo a boca mais carnuda da faculdade abrindo e fechando, enquanto metralha palavras de um conhecimento decorado, provavelmente adquiridos na madrugada passada. Ah como eu queria ter passado a madrugada com ela...

Nesse momento outra pessoa me incomoda me fazendo voltar do transe. Essa pessoa me oferece um objeto metálico, foco da apresentação decorrente, a fim de que eu perceba de que material ele é feito. Com desprezo eu olho para trás, toco o objeto rapidamente com o meu indicador e em seguida torno a virar pra frente, a observar a minha bela colega. O rápido acontecimento então provoca um riso alto e incontido de uma quarta colega cinquentona, é verdade, que talvez tivesse percebido tudo.
Não liguei. Continuei admirando tamanha discrepância orgânica, um bolo de carbono, uma linda composição química, alva como uma porcelana...suas bochechas parecem ter sido aerografadas por Deus, com uma suave tinta rosa. Tênis. Calça jeans com cinto colorido, de pano, para quebrar a seriedade e também para marcar a sua vanguarda social: tenho observado que ela é cult... gosta até de Red Hot. Um dia ainda vou apresentar Counting Crows pra ela. Blusa sempre no limite da calça. Se ela se espreguiçar eu tenho certeza que me descontrolo e caio desse banco alto.
Cara de 18 anos, mas provavelmnete uns 20. Cabelo bem preto, amarrado em rabo de cavalo, o que que me faz imaginá-la nos meus sonhos mais sujos, correndo, toda suada, com os seios pontudos espetando o tecido fino de sua blusa; o rabo de cavalo balançando para um lado e para o outro, e tudo isso ocorrendo em camera lenta.
De repente uma espuma de poliuretano bastante cancerígena começa a se expandir dentro de uma garrafa pet, e tamanha é a sua velocidade e expansão volumétrica que ela forma uma grande geléia sólida e aerada, tomando quase que a totalidade da mesa do professor. Tal fato provoca grande curiosidade naqueles olhinhos cor-de-mel, escondidos atrás daquela grossa armação horizontal e ela passa do meu lado a longos passos com toda a sua graciosidade juvenil e deixa o cheiro mais doce do mundo em minha companhia...
Nesse momento toda a sala rodeia a mesa central e eu termino de escrever essas linhas. São 11:01h e meu dia enfim se inicia...

Um comentário:

Anônimo disse...

Q coisa mais lindinha...
q fofo e apaixonante...
ái ái...